top of page

RAM: Rede Amapá de Música nasce como força coletiva para transformar a cena musical

  • Lulih Rojanski
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura


Rede Amapá de Música, uma força coletiva para transformar a cena musical da Amazônia

Em um salto ousado e sincronizado, oito influentes festivais do Amapá decidiram que era hora de caminhar juntos. Das margens do Rio Amazonas aos palcos das periferias culturais, nasceu a Rede Amapá de Música (RAM) — uma aliança estratégica entre os festivais Quebramar, Te Puxa!, Quilombo Groove, Amapá Jazz Festival, Festival Internacional de Música Instrumental do AP, Festival de Bandas e Fanfarras, Amazônia Terra Preta e Nossa Amazônia.

Mais do que uma simples união de agendas, a RAM é um movimento, um esforço coletivo que visa fortalecer a cena musical amapaense, formar público, profissionalizar artistas, aumentar a circulação de shows e transformar a música em vetor de desenvolvimento econômico, principalmente por meio do turismo de eventos.

Em uma região marcada por desafios logísticos extremos — o chamado custo Amazônico, que pesa fortemente sobre produções culturais no estado mais isolado do Brasil — a RAM nasce como resposta e resistência. A proposta inclui trocas de tecnologia, ações formativas e atuação conjunta, promovendo um novo fôlego para o setor criativo amapaense.

“Estamos falando da maior vitrine da diversidade cultural do Amapá. Juntos, temos mais força para criar políticas públicas, atrair investimentos e mostrar que existe um Brasil musical pulsando aqui, com identidade própria”, afirma um dos articuladores da rede.

O nome escolhido, RAM, carrega múltiplos significados. Em meio ao simbolismo tecnológico da memória que armazena e processa, a sigla homenageia também a rã de vidro (Cochranella resplendens), descoberta no Amapá em 2020. Com ventre translúcido e dorso salpicado de pontos brilhantes, como um céu estrelado, o pequeno anfíbio virou metáfora perfeita para a rede: transparente em seus propósitos, resiliente em seu ambiente e surpreendentemente bela em sua diversidade.

Ao reunir manifestações que vão do jazz à música instrumental, do groove afro-amazônico às fanfarras estudantis, a RAM não apenas conecta festivais — ela costura um novo tecido cultural no coração da floresta. Uma batida coletiva que ecoará longe, como um tambor de marabaixo à beira do rio: forte, ancestral e cheio de futuro.

 
 
 

Comments


bottom of page